O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini, afirmou na quinta-feira (27) que o Brasil vive uma “inversão de valores”. Segundo ele, posições ideológicas contrárias ao Governo Federal estariam sendo tratadas como crime, enquanto integrantes de facções criminosas seriam vistos como vítimas.
Em entrevista, Abilio declarou que “ter um posicionamento ideológico diferente tem se tornado crime” e que ser de direita estaria sendo criminalizado. Ele comparou essa percepção ao tratamento dado a faccionados, que, de acordo com sua avaliação, não enfrentariam o mesmo rigor.
O prefeito citou reuniões com o ex-presidente Jair Bolsonaro como exemplo de situação que estaria sendo alvo de investigação motivada por questões políticas. Ele afirmou que aliados têm sido investigados por participarem de encontros onde o uso de celular não foi proibido, enquanto, segundo ele, celulares circulam livremente dentro de unidades prisionais.
Abilio também criticou o Governo Lula e a legislação brasileira, afirmando que adotariam um discurso que beneficia criminosos. Para reforçar sua posição, mencionou declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre traficantes serem vítimas do consumo de drogas.
O prefeito disse ainda que, para enfrentar o avanço do crime organizado, seria necessário classificar facções como organizações terroristas. Ele argumentou que, sem essa definição, criminosos não receberiam punições proporcionais. Também afirmou que há um enfraquecimento da polícia diante do fortalecimento das facções.
Abilio concluiu dizendo que o país vive um cenário de “mensagem invertida”, no qual, segundo ele, autoridades federais legitimariam criminosos enquanto opositores seriam criminalizados.
