
A Polícia Civil de São Paulo apreendeu um adolescente de 16 anos acusado de estuprar o irmão, de 5 anos, para produzir e compartilhar imagens de pornografia infantil. O caso aconteceu na comunidade de Paraisópolis, zona sul da capital paulista, e foi descoberto após investigações da Polícia Federal.
De acordo com a polícia, o adolescente cometeu os crimes a pedido de um adulto com quem se comunicava por meio de um aplicativo de mensagens criptografadas. Ele acreditava conversar com uma jovem, mas o perfil era controlado por um homem, identificado como Gabriel, preso em 2024 durante uma operação contra crimes de pedofilia.
As imagens e vídeos dos abusos foram feitos no quarto do adolescente e enviados pelo aplicativo. Os pais das crianças afirmaram desconhecer os crimes. A criança vítima recebeu atendimento psicológico.
A investigação teve início após a prisão de Gabriel, quando agentes federais encontraram material pornográfico infantil produzido em São Paulo. A partir da análise, a polícia localizou o adolescente.
Na última quarta-feira (23/4), o jovem foi conduzido a uma delegacia no centro de São Paulo. No mesmo dia, a Justiça determinou sua internação provisória na Fundação Casa, onde aguardará julgamento por ato infracional análogo ao crime de estupro de vulnerável.
Operação Nix
O caso faz parte do desdobramento da Operação Nix, realizada em novembro de 2024, que teve como alvo suspeitos de abuso sexual infantil, crimes virtuais e ataques a escolas em cinco estados brasileiros. A ação resultou na apreensão de adolescentes, prisão de adultos e no cumprimento de mandados de busca e apreensão.
Para reforçar o combate a crimes digitais, o estado de São Paulo também criou o Núcleo de Observação e Análise Digital, responsável pelo monitoramento de redes sociais, fóruns e aplicativos de mensagens.
A polícia orienta a população a denunciar casos de violência sexual infantil pelos canais oficiais, como o Disque 100 ou delegacias especializadas.