Redação 
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“É nosso dever zelar pelo respeito às normas e aos princípios que regem a advocacia, sem prejuízo do devido processo legal”, afirmou a presidente.
A presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Gisela Cardoso, determinou, de forma excepcional, a suspensão preventiva e cautelar do advogado Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva, investigado por matar a tiros Ney Muller Alves Pereira, um homem em situação de rua, na noite de quarta-feira (9), em Cuiabá.
A decisão, segundo Gisela, segue previsão do Regimento Interno da OAB e se dá em razão da gravidade do caso, que está sendo apurado pela Polícia Civil. Além da suspensão, foi determinada a imediata distribuição do caso a um membro do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-MT para apuração e tramitação conforme o rito disciplinar.
“Esta é uma medida excepcional, prevista no Regimento Interno, diante de uma situação de extrema gravidade. É nosso dever zelar pelo respeito às normas e aos princípios que regem a advocacia, sem prejuízo do devido processo legal”, afirmou a presidente.
Luiz Eduardo é procurador da Assembleia Legislativa de Mato Grosso e teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva pelo juiz João Bosco Soares da Silva. O crime ocorreu na avenida Edgar Vieira, no bairro Boa Esperança. De acordo com informações preliminares, a motivação teria sido o dano causado por Ney Muller ao veículo do acusado.
Testemunhas relataram que o autor do crime se aproximou, chamou a vítima e atirou à queima-roupa. Em seguida, fugiu do local. A polícia segue investigando o caso e analisando imagens de câmeras de segurança da região.
Com essa ação, a OAB-MT sinaliza que não compactua com condutas incompatíveis com os valores da advocacia e que acompanhará de perto os desdobramentos legais e éticos do caso.
