
Um novo protesto organizado por apoiadores de Jair Bolsonaro atraiu manifestantes ao centro da capital federal na manhã deste domingo. A carreata, batizada de “Reaja, Brasil”, partiu da Torre de TV por volta das 8h30 e seguiu pelo Eixo Monumental até o condomínio Solar, onde o ex-presidente cumpre prisão domiciliar.
Objetivos do ato
O evento teve como bandeiras principais a defesa da anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 e o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Vozes da manifestação
O deputado distrital Thiago Manzoni (PL-DF), um dos organizadores, descreveu o movimento como orgânico e reflexo da insatisfação popular. Segundo ele, os protestos continuarão até que “a justiça seja restabelecida” e o Estado de Direito reafirmado.
A advogada e integrante da Associação de Familiares e Amigos de Vítimas do 8 de Janeiro (ASFAV), Carolina Siebra, afirmou que as decisões de Moraes apresentam “viés político” e estariam “fora da Constituição”. Para ela, os atos de 8 de janeiro foram vandalismo — e não golpe —, devendo os envolvidos ser punidos, mas “dentro do escopo legal”.
O ourives Vanderlei Suguino defendeu que os processos relacionados aos atos antidemocráticos, incluindo o de Bolsonaro, sejam retirados da alçada do STF e julgados pela justiça comum, já que, segundo ele, o ex-presidente “não tem mais foro privilegiado”.
Tensão política
O impeachment de Alexandre de Moraes tornou-se bandeira central entre os apoiadores de Bolsonaro. Manifestantes também citaram as sanções impostas pelos Estados Unidos ao magistrado, interpretando-as como reação a excessos do Judiciário brasileiro.
Em relação à tarifa de 50% aplicada pelos EUA a produtos brasileiros, os participantes responsabilizaram o governo Lula pela falta de negociação, afastando a hipótese de que a medida seja resultado de ações de Eduardo Bolsonaro.