Deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP)
Eduardo Bolsonaro (PL-SP) contestou nesta quinta-feira, 20, qualquer participação do governo federal na decisão dos Estados Unidos de retirar a tarifa adicional de 40% aplicada a diversos produtos brasileiros. A reação ocorreu após Donald Trump afirmar que uma conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria contribuído para destravar as negociações bilaterais.
Nas redes sociais, o deputado argumentou que a redução atende exclusivamente às necessidades internas da Casa Branca. Ele citou o esforço do governo norte-americano para conter a inflação em setores dependentes de insumos importados e destacou a aproximação das eleições legislativas de 2026, que aumenta a pressão por respostas econômicas de curto prazo.
Eduardo também atribuiu o antigo aumento das tarifas à “instabilidade jurídica” no Brasil, mencionando o ministro Alexandre de Moraes como responsável por um ambiente que, segundo ele, teria prejudicado o país em negociações internacionais.
A ordem executiva assinada por Trump suspendeu a sobretaxa que incidia sobre itens relevantes das exportações brasileiras, como café, carne bovina, frutas e madeira beneficiada. O setor produtivo vinha pressionando por avanços desde o início do ano, e a retirada das tarifas é vista como um alívio imediato para empresas e produtores.
O documento divulgado pela Casa Branca confirma que Trump e Lula conversaram por telefone em 3 de outubro, ocasião em que concordaram em abrir um canal de diálogo sobre a revisão tarifária. Segundo o texto, as tratativas evoluíram ao longo dos meses, tornando desnecessária a manutenção da tarifa extra aplicada a parte das importações agrícolas.
