
Uma atividade de matemática aplicada a alunos do 5º ano do ensino fundamental em uma escola pública de Alta Floresta (771 km de Cuiabá) gerou revolta entre pais de alunos e repercussão nas redes sociais. A questão envolvia o uso de preservativos em relações sexuais — tema considerado inadequado para crianças de aproximadamente 10 anos.
O empresário Rodolfo Pedon usou seu perfil no Instagram, na noite desta segunda-feira (4), para denunciar a atividade aplicada na Escola Municipal Jardim das Flores. O exercício, voltado para o ensino de porcentagem, usava como exemplo uma pessoa que utilizava camisinhas em 80% das relações sexuais mensais.
A questão dizia:
“Se uma pessoa usa preservativos em 80% das relações sexuais, e tem 10 relações sexuais por mês, quantas vezes ela usou preservativo?”
No vídeo publicado, o pai expressa indignação:
“Estou atônito em como alguém tem a capacidade de falar sobre uso de preservativo com uma criança de 10 anos. Estudei isso, sim, mas na fase correta da vida. Agora, sou forçado a introduzir esse tema precocemente para minha filha por conta da decisão de um professor”, criticou Rodolfo.
Ele ainda anunciou que levará o caso ao Ministério Público, responsabilizando tanto o professor quanto a direção da unidade escolar.
“Fica aqui a minha revolta. E eu vou até a última consequência. Isso não vai ficar assim”, declarou.
POSICIONAMENTO OFICIAL
Em nota, a Prefeitura de Alta Floresta reconheceu o equívoco e afirmou que já foi instaurado um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) contra o profissional responsável. Segundo a administração municipal, o exercício não integra o material didático oficial distribuído pelo município.
A Secretaria de Educação informou ainda que a assessoria pedagógica foi acionada para reforçar a orientação nas escolas quanto à conduta docente.
“A gestão reafirma seu compromisso com uma educação responsável, pautada no respeito às famílias, à comunidade escolar e aos princípios que norteiam o ensino público de qualidade”, diz a nota.
O município também repudiou o uso do episódio como palanque ideológico.
“A gestão municipal destaca que não compactua com a politização da educação e reforça o papel da escola como espaço de acolhimento, aprendizado e respeito.”
