
Grupos políticos alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) organizam uma grande manifestação em Cuiabá, marcada para este domingo, dia 3 de agosto, na Praça 8 de Abril, região central da capital. O protesto é direcionado contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A expectativa dos organizadores é reunir mais de 5 mil pessoas. O ato é parte de uma mobilização nacional convocada pelo Partido Liberal (PL), como resposta à crescente tensão entre setores da direita e o Poder Judiciário.
Em Cuiabá, os manifestantes distribuirão adesivos com frases como “Fora Lula” e “Anistia Já”. Segundo o vereador Rafael Ranalli (PL), um dos articuladores locais, o movimento expressa o descontentamento com o que consideram abusos por parte do STF.
“Cuiabá vai ter, sim, uma manifestação nacional: Fora Alexandre de Moraes e Fora Lula. É contra os desmandos do Judiciário, que tem perseguido implacavelmente os brasileiros, incluindo o nosso presidente Bolsonaro”, declarou Ranalli.
Presenças confirmadas
Diversas figuras políticas do campo conservador já confirmaram presença, entre elas os deputados federais José Medeiros, Coronel Fernanda, Nelson Barbudo (todos do PL) e Coronel Assis (União Brasil). Também participarão os deputados estaduais Gilberto Cattani, Elizeu Nascimento (PL) e Faissal Calil (Cidadania).
A presidente da Câmara Municipal, Paula Calil (PL), e outros vereadores também estarão no ato. O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), é aguardado no evento. Em entrevista recente, ele convocou a população a participar do protesto.
Contexto nacional
A manifestação ocorre dias após o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar que acionou a Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes. A medida foi celebrada por apoiadores de Bolsonaro como uma vitória simbólica.
Embora esteja proibido pela Justiça de comparecer a eventos públicos nos finais de semana, Jair Bolsonaro segue sendo o principal símbolo do movimento, e seus aliados trabalham para manter sua influência junto à base, especialmente diante da possibilidade de julgamento que pode levá-lo à prisão ainda neste semestre.
