
Em 1975, foi protagonista de Helena, baseada na obra de Machado de Assis e adaptada por Gilberto Braga. Também se destacou em Plumas e Paetês (1980), vivendo a personagem Veroca.
A atriz Lúcia Alves faleceu nesta quinta-feira (24), aos 76 anos, no Rio de Janeiro, em decorrência de complicações causadas por um câncer no pâncreas. Ela estava internada desde o dia 14 de abril na Casa de Saúde São José, no bairro Humaitá, zona sul da capital fluminense. Lúcia enfrentava a doença há três anos. Até o momento, a família não divulgou informações sobre velório e sepultamento.
Com uma carreira que começou nos cinemas em 1965, no filme Um Ramo para Luíza, Lúcia migrou para a televisão em 1969, estreando na novela Enquanto Houver Estrelas, exibida pela extinta TV Tupi. No ano seguinte, alcançou projeção nacional ao interpretar a icônica Índia Potira em Irmãos Coragem, da TV Globo, novela escrita por Janete Clair.
Em 1975, foi protagonista de Helena, baseada na obra de Machado de Assis e adaptada por Gilberto Braga. Também se destacou em Plumas e Paetês (1980), vivendo a personagem Veroca.
No cinema, brilhou em produções como Pais Quadrados, Filhos Avançados, Estranho Triângulo e O Homem da Cabeça de Ouro, consolidando-se como um dos rostos mais marcantes da dramaturgia dos anos 1970.
Ao longo da carreira, participou de diversas novelas e séries de sucesso, como Bicho do Mato (1972), Carinhoso (1973), Ti Ti Ti (1985), Barriga de Aluguel (1990), Mulher (1998), O Cravo e a Rosa (2000) e Sob Nova Direção (2004–2007). Sua última aparição na TV Globo foi em Joia Rara, em 2013.
Lúcia também atuou em outras emissoras, como a TV Manchete, SBT, Record e TV Brasil. Seu último trabalho na televisão foi a série República do Peru, exibida em 2015. No cinema, esteve em títulos como Lua Cheia (1989) e Bendito Fruto (2004).
Desde 2015, estava afastada das novelas. Em entrevista ao jornal O Globo, concedida em março deste ano, por ocasião da chegada de Helena ao Globoplay, ela explicou sua decisão de deixar a televisão:
“Hoje é muita decoreba. Não tem nenhum texto de televisão que vale a pena. Todo artista tem o seu auge. E depois que passa o auge, começa a se repetir um pouco. Aí perde um pouco da magia.”