Ana Barros 
Agora, aos 46 anos, ele poderá permanecer preso até completar 60, caso a Justiça mantenha a medida de segurança até o limite legal.
Preso desde 2018 por esfaquear o então candidato à presidência Jair Bolsonaro durante um comício em Juiz de Fora (MG), Adélio Bispo segue detido na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) — e agora tem uma possível data de saída: 2038.
A Justiça estipulou o prazo máximo de 20 anos de internação, já que Adélio foi considerado inimputável por transtorno mental, ou seja, não foi condenado, mas cumpre medida de segurança.
🧠 Apesar do diagnóstico de transtorno delirante persistente, Adélio tem recusado os remédios e tratamentos. A justificativa? “Não sou doido”, teria dito aos agentes da penitenciária, onde vive isolado em uma cela de 6 metros quadrados, sem interagir com outros detentos e rejeitando até o banho de sol.
📚 Sem livros, sem visitas de familiares há mais de um ano e sem perspectiva de mudança de unidade prisional, a saúde mental dele, segundo relatos, estaria se deteriorando com o tempo.
Durante o governo Bolsonaro, a Polícia Federal tentou acessar os laudos psiquiátricos de Adélio em 2022 — mas a Justiça negou o pedido, já que não havia nenhum inquérito ativo sobre o caso.
🗂 Os documentos continuam sob sigilo, acessíveis apenas aos defensores públicos responsáveis pelo acompanhamento jurídico. Relatórios da própria PF indicam que Adélio agiu sozinho, embora o processo tenha sido cercado de desconfianças e questionamentos públicos.
Agora, aos 46 anos, ele poderá permanecer preso até completar 60, caso a Justiça mantenha a medida de segurança até o limite legal.
Redação 
