
Cuiabá foi palco de uma celebração cultural intensa neste sábado (12), com a realização da 4ª edição do Baguncinha, o Festival, que transformou a área externa da Arena Pantanal em um espaço vibrante de música, diversidade e pertencimento. Com 24 atrações, dois palcos e uma multidão estimada em 6 mil pessoas, o evento reafirmou sua força como um dos maiores festivais da capital — apesar de enfrentar críticas do público por problemas na organização.
Entre os grandes destaques da noite, Liniker emocionou com o show da turnê Caju, álbum vencedor do Prêmio Multishow 2024, entregando faixas como “Veludo Marrom”, “Tudo” e “Febre” com potência e delicadeza. Logo depois, o rapper Djonga incendiou o palco com seus versos contundentes, unindo clássicos e faixas de seu novo disco Quanto mais eu como, mais fome eu sinto!
A programação também contou com artistas como Sépiazul, Pri Pires, Pacha Ana, Banda Calorosa, Paulo Monarco, Foguinho, FX O Gênio & Romaciote com Ahgave, além dos DJs Brum com Mean Girls, Kuririn, MC Mestão e MC Dinero.
Para quem curte música eletrônica, o Palco Eletrônico entregou uma sequência enérgica com Eli Iwasa, Vegas (Techno Set), Ramsey, Peve, Gupazz, Sival e Arthur Prochnow, que mantiveram a pista em alta vibração até o fim da noite.
No entanto, o festival também foi alvo de críticas. Muitos participantes reclamaram do atraso nos horários do line-up, que causou confusão e frustração ao longo do evento. Outro ponto sensível foi o som do palco principal, que teve sua qualidade prejudicada pelo volume do palco eletrônico, localizado nas proximidades.
A estrutura dos bares também gerou insatisfação: houve relatos de divergência na oferta de bebidas entre os pontos de venda — enquanto em alguns locais certos produtos estavam disponíveis, em outros já haviam acabado ou sequer estavam sendo oferecidos.
Apesar das falhas operacionais, o festival, organizado pela Sumac Records, manteve seu compromisso com a cultura independente e colaborativa. Além da música, o público pôde aproveitar intervenções artísticas, espaço de slackline, área PCD acessível e uma praça de alimentação focada na valorização de empreendedores locais.
O Baguncinha segue sendo uma das principais vitrines da cena musical mato-grossense, misturando sons, cores e públicos num grande mosaico de expressão cultural. Mas a expectativa para as próximas edições já vem acompanhada de um desejo claro do público: que a energia da festa seja acompanhada por uma produção mais alinhada à sua grandeza.
