Bar é interditado em Cuiabá por suspeita de exploração sexual e presença de menor consumindo álcool

Um bar localizado no bairro Porto, em Cuiabá, foi interditado e teve o proprietário preso em flagrante nesta terça-feira (20) durante uma operação conjunta de fiscalização. A ação, que contou com a participação da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Sorp), Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária e Secretaria Municipal de Segurança Pública, identificou graves irregularidades no local, incluindo suspeita de exploração sexual, presença de adolescente consumindo bebidas alcoólicas e uso indevido do espaço como motel.

De acordo com a secretária de Ordem Pública, Juliana Palhares, o estabelecimento já havia sido interditado em janeiro deste ano, mas voltou a funcionar de maneira irregular. “Os quartos nos fundos, que deveriam ter sido desativados, continuavam operando. Encontramos vasto material que indica o uso dos espaços para programas sexuais”, afirmou. Ela ressaltou que, embora a prostituição voluntária não seja crime, manter um ambiente que facilite ou explore essa prática é ilegal.

Durante a operação, foram localizadas várias mulheres no local, e, segundo a coronel Francyanne Lacerda, secretária municipal de Segurança Pública, algumas admitiram informalmente estarem ali para fazer programas. Uma adolescente foi flagrada consumindo bebida alcoólica, acompanhada da irmã mais velha, que se responsabilizou por ela.

“Foram encontradas caixas de preservativos, tanto fechadas quanto usadas, disponíveis nos quartos. Tudo indica que o local funcionava como um prostíbulo. O dono também responderá por fornecer bebida alcoólica a menor e corrupção de menores”, alertou a coronel.

Além das questões criminais, a Vigilância Sanitária constatou risco iminente à saúde pública. Conforme o fiscal Alex Sandro Freitas, havia fezes de rato e baratas entre os alimentos, além de uma lavanderia irregular anexa à cozinha. O estoque irregular de preservativos distribuídos pela rede pública de saúde também chamou atenção. Segundo o fiscal Wagner Simplício, foram apreendidas 17 caixas, totalizando mais de 2,4 mil unidades, quantidade incompatível com a distribuição oficial.

O Corpo de Bombeiros verificou a situação dos equipamentos de segurança e o alvará do imóvel, reforçando a necessidade de manutenção e regularização.

O proprietário foi conduzido à Central de Flagrantes e autuado por exploração sexual de adolescente, manutenção de casa de prostituição, fornecimento de bebida alcoólica a menor e corrupção de menor, entre outros crimes.

A operação reforça o compromisso das autoridades municipais em coibir crimes, proteger menores e garantir a segurança sanitária da população.