A defesa de Jair Bolsonaro (PL) confirmou nesta segunda-feira (1º) que o ex-presidente não estará presente no julgamento da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o suposto plano de golpe. A análise do caso começa nesta terça-feira (2).
Razões alegadas pela defesa
De acordo com os advogados Celso Vilardi e Paulo Cunha Bueno, Bolsonaro gostaria de comparecer, mas foi orientado a não ir por questões de saúde. Além dos médicos, familiares e pessoas próximas recomendaram que ele acompanhasse as sessões de forma remota, pela transmissão televisiva.
Divergências entre aliados
A ausência gerou debate entre aliados políticos. Parte defendia que a presença de Bolsonaro no plenário teria um peso simbólico relevante, enquanto a defesa e o núcleo mais próximo priorizaram o cuidado com sua condição clínica.
Quadro de saúde delicado
Bolsonaro tem enfrentado crises de soluços frequentes, por vezes acompanhadas de vômitos. Ele segue tratamento para hipertensão, refluxo e prevenção contra broncoaspiração. As sequelas das cirurgias realizadas após a facada em 2018 também são apontadas como agravantes que desaconselham o deslocamento até o STF.
Presença de outros réus
Dos oito acusados no núcleo do caso, apenas o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, confirmou presença no julgamento. Entre os demais nomes citados estão Walter Braga Netto, Anderson Torres, Augusto Heleno, Almir Garnier e Mauro Cid, que devem acompanhar as sessões à distância. O deputado Alexandre Ramagem ainda não confirmou como participará.
O julgamento
O processo será aberto com a leitura do relatório pelo ministro Alexandre de Moraes, seguida pela sustentação oral da Procuradoria-Geral da República e das defesas dos réus. Caso condenado, Bolsonaro poderá enfrentar uma pena que, somada às acusações, pode ultrapassar 40 anos de prisão.
