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Bolsonaro recebe alta, evita ato, mas promete entrevista e críticas ao STF
O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu alta hospitalar na manhã deste domingo (4), após passar três semanas internado no Hospital DF Star, em Brasília, onde foi submetido a uma cirurgia para desobstrução intestinal. Ao deixar o hospital, Bolsonaro fez breve pronunciamento, com voz fraca, ao lado de familiares, médicos e apoiadores, e voltou a defender a anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
Mesmo se recuperando, o ex-presidente aproveitou para desafiar novamente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e afirmar que ainda dará uma entrevista para esclarecer as acusações. “Vamos botar um ponto final nisso aí”, disse.
Bolsonaro tornou-se réu no STF em março, acusado de tentativa de golpe de Estado e outros crimes. Ele nega qualquer envolvimento. “O senhor Alexandre de Moraes acabou de dizer que agora entregou tudo para nós. Ué, nós fizemos a defesa sem tudo”, criticou, referindo-se ao acesso às provas do processo.
Sobre os ataques às instituições, Bolsonaro reafirmou sua versão: “Não teve uma gota de sangue. Não teve uma arma de fogo. Nada.”
Atos e ausência
Apesar de já ter convocado aliados para o ato pró-anistia previsto para quarta-feira (8), às 16h, na Esplanada dos Ministérios, Bolsonaro não deverá comparecer. A recomendação médica é clara: evitar aglomerações, por risco de infecção. “Passamos as instruções diretamente para o presidente para que ele não participe diretamente do ato”, informou o cirurgião Cláudio Birolini, responsável pela operação.
O médico Leandro Echenique, também da equipe médica, afirmou que a recuperação do ex-presidente foi “fantástica, muito acima da média para sua idade”, mas que ele deverá ficar resguardado na primeira semana após a alta.
Bolsonaro foi operado em 13 de abril após sentir fortes dores abdominais durante um evento no Rio Grande do Norte. Essa foi a sexta cirurgia relacionada às complicações da facada que sofreu em 2018, durante a campanha eleitoral em Juiz de Fora (MG).
Na saída do hospital, cerca de 30 apoiadores o recepcionaram com orações.
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