
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, sem previsão de alta. Ele foi submetido a uma cirurgia no último domingo (13/4) para tratar uma suboclusão intestinal — uma obstrução parcial do intestino — e ainda não apresentou recuperação total dos movimentos intestinais.
Segundo o mais recente boletim médico, Bolsonaro segue em acompanhamento pós-operatório e realiza fisioterapia motora e medidas de reabilitação. A equipe médica decidiu manter a recomendação de que ele não receba visitas, reforçando que sua condição ainda exige cuidados intensivos.
A complicação intestinal que levou o ex-presidente à mesa de cirurgia está relacionada a aderências formadas em decorrência das diversas intervenções médicas pelas quais passou desde a facada sofrida em setembro de 2018, durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). O autor do ataque, Adélio Bispo de Oliveira, foi preso em flagrante e confessou o crime.
Na época, Bolsonaro teve lesões graves no intestino grosso e em uma veia abdominal, sendo submetido a uma colostomia e, posteriormente, a uma série de cirurgias reconstrutivas. Pouco depois do atentado, ele também precisou ser operado com urgência por conta de uma obstrução no intestino delgado, o que o levou à UTI do hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Agora, em 2025, o ex-presidente se sentiu mal enquanto participava de um evento em Santa Cruz, no Rio Grande do Norte, e foi levado para uma unidade de saúde local. De lá, foi transferido de helicóptero para o Hospital Rio Grande, em Natal, e, na sequência, para Brasília.
Durante uma coletiva de imprensa realizada na última segunda-feira (14/4), o chefe da equipe médica, Cláudio Birolini, detalhou a complexidade do quadro clínico. “O presidente tinha um abdômen hostil, com muitas cirurgias prévias, aderências causando um quadro de obstrução intestinal. Uma parede abdominal bastante danificada em função da facada e das cirurgias anteriores”, afirmou o médico.
Bolsonaro já está no sétimo dia de internação desde o procedimento. A equipe médica continua monitorando sua recuperação de forma cautelosa, sem estabelecer uma previsão para sua alta da UTI.