
A taxa de analfabetismo no Brasil caiu para 5,3% em 2024, o menor patamar já registrado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE. Apesar do avanço, ainda há 9,1 milhões de pessoas com 15 anos ou mais que não sabem ler nem escrever.
O dado foi divulgado nesta sexta-feira (13). A meta prevista pelo Plano Nacional de Educação (PNE) era erradicar o analfabetismo até 2024, objetivo que não foi alcançado.
Segundo o levantamento, mais da metade dos analfabetos do país está no Nordeste: são 5,1 milhões de pessoas, o equivalente a 55,6% do total. Em seguida, vem o Sudeste, com 2,1 milhões.
Entre 2016 e 2024, a taxa nacional caiu de 6,7% para 5,3%, representando uma redução de 1,4 ponto percentual. Apenas entre 2023 e 2024, cerca de 197 mil pessoas deixaram de ser analfabetas.
O analfabetismo, porém, cresce conforme a idade. Em 2024, havia 5,1 milhões de analfabetos com 60 anos ou mais, o que corresponde a 14,9% dessa faixa etária. Entre os mais jovens, os percentuais diminuem gradativamente:
- 15 anos ou mais: 5,3%
- 25 anos ou mais: 6,3%
- 40 anos ou mais: 9,1%
- 60 anos ou mais: 14,9%
A diferença entre os gêneros é pequena: 5% entre mulheres e 5,6% entre homens.
O estudo reforça ainda as desigualdades regionais. Nordeste (11,1%) e Norte (6%) concentram os maiores índices de analfabetismo. Já Centro-Oeste (3,3%), Sudeste (2,8%) e Sul (2,7%) apresentam as menores taxas.