
No início da tarde desta segunda-feira (14), um episódio de violência chocou quem passava pela Avenida Marechal Rondon, no centro de Campo Grande (MS). Um cadeirante foi agredido por um homem que, segundo testemunhas, se apresentou como segurança da rede de lojas Americanas. A ação foi registrada em vídeo e rapidamente se espalhou nas redes sociais, gerando revolta.
As imagens mostram o momento em que o homem se aproxima do cadeirante e desfere um tapa em sua cabeça. Em seguida, ele empurra a vítima, que cai da cadeira de rodas. Mesmo com o cadeirante no chão, o agressor ainda dá um chute em sua barriga, sem qualquer reação da vítima.
Testemunhas ficaram indignadas com a cena e ameaçaram chamar a polícia. Em resposta, o agressor respondeu: “pode chamar”. Populares auxiliaram o cadeirante a se levantar, enquanto o homem entrou na loja onde teria se identificado inicialmente como segurança.
“Agressividade com uma pessoa que nem sequer teve a oportunidade de se defender. Muitos ficaram com medo da agressividade do rapaz que se dizia ser segurança da loja”, relatou um leitor à equipe de reportagem.
Posteriormente, o homem que aparece nas imagens foi procurado e prestou esclarecimentos. Ele afirmou ser vigilante, mas negou ser funcionário da loja Americanas. “Esse cadeirante é um ladrão da área central, antigo já. Eu não faço parte dessa loja. Eu sou vigilante. O que a gente aprende na escola é que ladrão não tem sexo, idade nem cor”, declarou.
De acordo com ele, o cadeirante é conhecido por frequentadores e lojistas da região central e estaria tentando furtar a loja no momento do incidente. “O mesmo xinga e ameaça funcionários de qualquer loja do Centro. Ele estava tentando furtar a loja, na qual eu o peguei lá fora”, justificou.
Até o momento, não há informações sobre a abertura de boletim de ocorrência ou medidas legais adotadas pelas autoridades. A loja Americanas ainda não se manifestou oficialmente sobre o ocorrido.
A situação reacende o debate sobre a conduta de profissionais de segurança e a maneira como abordagens são feitas em espaços públicos, especialmente envolvendo pessoas com deficiência.
Nota das Americanas
“A Americanas repudia qualquer tipo de violência dentro ou fora de seus estabelecimentos e informa que o funcionário foi desligado da companhia. A Americanas reitera que segue apurando o ocorrido e está à disposição das autoridades para a elucidação do caso“.