
O Ministério Público Eleitoral (MPE) ingressou com uma ação pedindo a inelegibilidade do deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) por oito anos. A medida, protocolada nesta quarta-feira (5), alega que o parlamentar utilizou de forma irregular um veículo de comunicação para beneficiar sua campanha à Prefeitura de Niterói nas eleições de 2024.
Segundo o parecer da Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, o jornal O Fluminense teria sido usado repetidamente para atacar o adversário político de Jordy, o ex-prefeito Rodrigo Neves, enquanto promovia positivamente a imagem do deputado. Um dos episódios destacados pelo órgão é a antecipação, por parte de Jordy, de uma matéria negativa contra Neves nas redes sociais antes da publicação oficial, o que, para os procuradores, sugere “acesso privilegiado e conluio entre o candidato e o veículo de imprensa”.
Além de Jordy, o Ministério Público também pede a inelegibilidade de Lindomar Alves Lima, responsável administrativo do jornal, que teria facilitado a prática.
A ação agora será julgada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ). Caso a Corte acate o pedido, Jordy poderá ficar impedido de disputar eleições até 2032.
Em nota, a defesa do deputado afirmou confiar na absolvição, lembrando que a primeira instância da Justiça Eleitoral já havia rejeitado a ação. “O próprio Ministério Público Eleitoral em primeira instância foi categórico ao afirmar que não se comprovou vínculo subjetivo entre os candidatos e o dono do jornal O Fluminense”, diz o texto. Ainda segundo a defesa, “não restou demonstrada gravidade na conduta a ponto de gerar desequilíbrio no processo eleitoral”.
Carlos Jordy ainda não se manifestou pessoalmente sobre a nova ação.