
O policial militar Jeferson Luiz Sagaz e a esposa, Ana Carolina, morreram em um motel em São José, na Grande Florianópolis, entre a noite de 11 e a madrugada de 12 de agosto, após ficarem imersos em uma banheira com água aquecida a 50ºC. Segundo a polícia, a combinação de substâncias tóxicas e o calor intenso levou ao colapso térmico que resultou nas mortes.
De acordo com o delegado Felipe Simão Gomes, o aquecedor do ambiente também estava ligado, contribuindo para o aumento da temperatura. “Essas duas circunstâncias, associadas às substâncias encontradas nos corpos, fizeram a polícia chegar à conclusão de que a causa foi morte súbita e não decorrente da intervenção de terceiros”, afirmou.
Durante as investigações, foram ouvidas oito pessoas, entre familiares e amigos do casal. A perita-geral da Polícia Científica, Andressa Boer, informou que foram produzidos 16 laudos periciais para esclarecer as circunstâncias do caso.
A Polícia Civil concluiu que o casal morreu por intoxicação exógena, que favoreceu um processo de intermação — aumento anormal da temperatura corporal interna —, resultando em desidratação intensa e colapso térmico. “Esses óbitos aconteceram por condições multifatoriais, tanto pelo consumo de cocaína e etanol quanto pela imersão na água aquecida, que agiram de forma sinérgica e culminaram nas mortes”, disse a polícia.
Fernando Oliva da Fonseca, diretor de Medicina Legal, explicou que a situação se torna ainda mais perigosa quando uma pessoa permanece em um local muito quente e sem ventilação.
Ana Carolina era proprietária de uma esmalteria e Jeferson Luiz Sagaz atuava como policial militar, estando de folga no dia do ocorrido. O casal, natural de Santa Catarina, deixa uma filha. Nenhum indício apontou relação das mortes com o serviço militar.