
Um estudo internacional envolvendo 17 mil mulheres de 20 países, com idades entre 18 e 55 anos, revelou que ciclos menstruais irregulares estão associados a um maior risco de desenvolver problemas de pele, como acne, manchas, melasma, rosácea, ressecamento e sensibilidade cutânea. A pesquisa foi publicada no British Journal of Dermatology e investigou a relação entre distúrbios cutâneos e as fases do ciclo menstrual.
Influência hormonal na pele
As oscilações hormonais ao longo do ciclo menstrual afetam diretamente a saúde da pele. Mulheres com menstruação irregular tendem a ter maior produção de sebo, favorecendo o surgimento de acne, e alterações na produção de melanina, aumentando o risco de melasma. Além disso, essas irregularidades podem estar relacionadas a maior predisposição à rosácea e maior sensibilidade cutânea.
Sintomas percebidos pelas participantes
Além de diagnósticos clínicos, muitas mulheres relataram sensação de pele seca, descamação, rachaduras e maior sensibilidade, evidenciando como a irregularidade do ciclo influencia a percepção das alterações cutâneas.
Considerações médicas
O ginecologista Sérgio Podgaec destaca que as fases do ciclo menstrual podem alterar o comportamento da pele, provocando acne, oleosidade excessiva, sensibilidade e inflamações, devido a desequilíbrios hormonais. A ginecologista Carolina Fernandes Giacometti ressalta que mulheres com ovários policísticos, que geralmente apresentam ciclos irregulares, também estão mais propensas a alterações de pele e cabelo, como acne, oleosidade e alopecia.
Importância do acompanhamento
O estudo reforça a necessidade de monitorar a saúde da pele em mulheres com ciclos irregulares. Consultas médicas regulares e cuidados com alimentação e higiene cutânea podem ajudar a minimizar os efeitos das oscilações hormonais e prevenir complicações.