
Uma noite de violência extrema transformou Barra do Bugres (MT) em cenário de medo nesta quinta-feira (24). Em menos de 24 horas, três pessoas morreram em decorrência de atentados e confronto com a Polícia Militar. A sequência de crimes, atribuída a facções criminosas, mobilizou forças de segurança e deixou moradores em estado de alerta.
Segundo a Polícia Militar, os primeiros registros ocorreram com disparos de arma de fogo em diferentes pontos da cidade. Três pessoas foram baleadas. Uma delas morreu no local e duas foram socorridas em estado grave. As vítimas foram identificadas como Maria Lucineite Pereira da Silva, que sobreviveu após atendimento médico, Lucas das Chagas Cruz, que morreu no hospital, e Elias Duque Santana, que não resistiu mesmo após passar por cirurgia de emergência.
Diante da escalada de violência, equipes da Força Tática de Tangará da Serra foram deslocadas para reforçar o policiamento na região. Durante patrulhamento pela rodovia MT-343, a cerca de 20 km do centro de Barra do Bugres, militares das guarnições FT 90 e FT 01 localizaram um suspeito em fuga a pé.
O homem, identificado como Adelson Vitor de Oliveira Carvalho, estava armado com um revólver calibre .38 e reagiu à abordagem atirando contra os policiais. Houve troca de tiros. Ferido, Adelson continuou empunhando a arma, mas se rendeu após nova ordem dos agentes. “Perdi, perdi”, declarou antes de ser socorrido ao hospital municipal, onde morreu pouco depois. Conforme a PM, Adelson possuía 26 passagens criminais, incluindo tráfico de drogas, roubo e tentativa de homicídio.
A arma apreendida com o suspeito estava municiada com seis projéteis: três deflagrados, dois intactos e um picotado. A Polícia Judiciária Militar foi acionada para apurar a conduta dos envolvidos na operação.
Enquanto isso, as equipes da Polícia Civil e da Politec iniciaram os trabalhos de perícia técnica nos locais dos ataques. Estojos e projéteis recolhidos serão analisados. Os corpos das vítimas fatais foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Tangará da Serra.
A linha de investigação aponta para possível atuação de facções criminosas na série de atentados. A Secretaria de Segurança Pública ainda não confirmou se os casos têm relação direta, mas trabalha com a hipótese de ações coordenadas no município.