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CLIMA QUENTE: Abilio responde Maysa sobre superlotação: “tem que desenhar”
O clima esquentou nesta semana entre o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), e a vereadora Maysa Leão (Republicanos), com o tema saúde da capital no centro da disputa.
Durante a sessão da Câmara Municipal na quinta-feira (3), Maysa usou a tribuna para denunciar as condições precárias da UPA Morada do Ouro, resultado de uma fiscalização feita pela parlamentar na quarta-feira (2). A vereadora contestou as declarações do prefeito, que atribui a redução no movimento das UPAs à suspensão da emissão de atestados médicos para casos de baixa urgência.
Maysa criticou um vídeo postado por Brunini nas redes sociais, que mostra a recepção da unidade vazia, afirmando que a imagem não representa a realidade vivida nos setores internos da UPA.
“Vocês viram a recepção vazia, mas eu convido o prefeito a ir comigo para ver a enfermaria, a sala de medicação, o box de emergência”, disse a vereadora. “A UPA estava lotada de pessoas internadas sentadas em cadeiras quebradas, sem medicamentos, sem acesso aos exames necessários, sem dignidade e sem alimentação.”
A parlamentar destacou que não se coloca contra o prefeito, mas que hoje faz o trabalho de fiscalização que, segundo ela, antes era de responsabilidade dele enquanto vereador. “A diferença é que sou bem mais educada nas minhas abordagens”, completou.
Resposta do prefeito
Na sexta-feira (4), Abilio Brunini respondeu às críticas em vídeo divulgado nas redes sociais. Ele explicou que uma recepção vazia não significa falta de atendimento e que os pacientes internados são regulados por outros órgãos, não pela Prefeitura.
“Se dentro da UPA está cheio e do lado de fora, na recepção, está vazio, isso indica que quem estava na recepção já foi atendido. Às vezes parece que é preciso desenhar para algumas pessoas entenderem”, afirmou.
Sobre os pacientes internados, o prefeito esclareceu que a regulação para encaminhamento a leitos hospitalares não é responsabilidade do Município, mas sim do sistema estadual de saúde. “Ou não há leitos disponíveis ou a regulação não está eficiente.”
Brunini finalizou convidando Maysa a visitar mais vezes as UPAs para acompanhar a situação de perto e aconselhou a parlamentar a “estudar para fazer comentários mais adequados”.
“Se algum vereador quiser reclamar, que reclame. Faz parte do processo. Mas é importante entender a situação antes de falar”, concluiu.
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