
O cenário político do União Brasil em Mato Grosso mostra sinais de desgaste interno. O governador Mauro Mendes (União) minimizou a confirmação do nome da vereadora Michelly Alencar como pré-candidata à Assembleia Legislativa em 2026, em declaração que contradiz o que havia sido informado pelo deputado estadual Eduardo Botelho. Durante reunião partidária na segunda-feira (6), Botelho havia afirmado que o nome de Michelly já estava confirmado na chapa do partido.
Questionado na quarta-feira (8), Mauro Mendes esclareceu que a lista apresentada continha apenas possíveis pré-candidatos e que ainda não há definições oficiais sobre a composição final. “Eu vi essa lista de possíveis pré-candidatos. Mas não é de pré-candidatos, apenas de possíveis pré-candidatos e, sim, tinha o nome dela”, afirmou o governador.
A declaração evidencia o distanciamento crescente entre Mauro e Michelly, que trocam farpas desde o início do ano. A vereadora tem reclamado de ser excluída das discussões estratégicas do União Brasil e chegou a cogitar deixar o partido diante da falta de apoio interno a seu projeto político.
O desconforto começou quando Michelly cobrou publicamente maior diálogo dentro da sigla, afirmando que a comunicação entre as lideranças “deixa a desejar”. Apesar de se declarar leal ao partido, criticou a direção estadual, presidida por Mauro, pela falta de escuta.
Em resposta, o governador admitiu que o diálogo interno não se estende a todos os filiados, mas ressaltou que as conversas estão sendo conduzidas “com quem precisa ser feito”, uma fala interpretada como exclusão direta da vereadora das decisões centrais.
Michelly reagiu ironicamente e disse que já havia “entendido o recado”. Em tom firme, afirmou que, se não é considerada necessária dentro do União, está pronta para deixar a sigla: “só me dar a carta”.
Nos bastidores, aliados da parlamentar avaliam que Michelly, antes vista como um nome promissor no União Brasil, agora estuda convites de outras siglas para disputar as eleições de 2026, o que pode reconfigurar a disputa interna no partido.
É o que há… Uma CASA DIVIDIDA NÃO SUBSISTE.