Redação 
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Coincidência ou profecia?Título: Filme de terror de 2017 “prevê” morte do Papa Leão XIV
Uma cena do filme de terror mexicano El Habitante, lançado em 2017, chamou a atenção da internet neste final de semana após ser redescoberta por internautas que viram na obra uma possível “previsão” macabra. O motivo da agitação? O longa menciona, com riqueza de detalhes, a morte do Papa Leão XIV — nome que, por coincidência, passou a ser usado pelo atual pontífice eleito.
Dirigido por Guillermo Amoedo, o filme não tem qualquer relação com o Vaticano ou com o papado atual. No entanto, o detalhe do nome e a descrição da cena mexeram com o imaginário dos usuários mais místicos. Em uma das passagens, uma televisão ligada anuncia:
“Agora mesmo, o Monsenhor anunciou a morte do Papa Leão XIV. De acordo com as primeiras informações do Vaticano, o Papa morreu de sepse e colapso cardiopulmonar irreversível, motivo pelo qual havia sido hospitalizado na semana passada.”
A coincidência alimentou teorias e especulações, com muitos acreditando que a obra poderia conter mensagens proféticas ou ocultas. A viralização foi impulsionada principalmente por perfis voltados a esoterismo e teoria da conspiração nas redes sociais.
O diretor Guillermo Amoedo rapidamente veio a público esclarecer a origem do nome e do roteiro. Em entrevista ao jornal argentino Clarín, ele explicou que o texto foi escrito em 2015, muito antes da escolha do atual papa:
“Escolhi o nome quando estava escrevendo o roteiro, em 2015. O que fiz foi cruzar diferentes profecias, como as de São Malaquias e Santa Hildegarda de Bingen, com outras teorias apócrifas e também com a história dos antipapas. E Leão XIV foi o resultado. Além do fato de ser uma obra de ficção, todos os temas religiosos em El Habitante são baseados literalmente em escrituras católicas, profecias antigas e entrevistas com figuras importantes da área.”
A coincidência, ainda que intrigante, parece ser apenas fruto de um acaso roteirizado — mas, como acontece na internet, isso foi mais do que suficiente para incendiar o imaginário coletivo.
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