O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, antecipou a ordem de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após uma tentativa de violação da tornozeleira eletrônica registrada na madrugada de sábado, 22 de novembro. A decisão gerou comparação com o caso do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que permaneceu 36 horas desconectado do equipamento há cerca de seis meses e não recebeu a mesma punição.
Segundo apuração do portal Metrópoles, Collor ficou desconectado da tornozeleira por mais de um dia, e o caso também tramitou sob relatoria de Alexandre de Moraes. À época, a defesa de Collor afirmou que o desligamento não foi intencional e ocorreu durante o período de adaptação ao monitoramento eletrônico. O ex-presidente cumpre prisão domiciliar desde maio, após ser condenado a 8 anos e 10 meses por corrupção e lavagem de dinheiro.
A defesa de Jair Bolsonaro usou o episódio envolvendo Collor como argumento no pedido de prisão domiciliar protocolado na sexta-feira (21). O advogado Paulo Cunha Bueno alegou que os dois casos possuem similaridades e citou o estado de saúde do ex-presidente, que, segundo a defesa, exige cuidados específicos devido às sequelas do atentado sofrido em 2018. O pedido solicita que Bolsonaro receba o mesmo benefício concedido a Collor: a chamada “prisão domiciliar humanitária”.
