O clima da noite em Belém foi de requinte e teatralidade. Um jogo de luzes em tons de azul e violeta transformou o salão em um cenário elegante e acolhedor, enquanto telões exibiam imagens da Amazônia e da cultura paraense ao som contagiante da lambada. Assim foi o coquetel organizado pela primeira-dama Janja da Silva para os chefes de Estado participantes da Cúpula de Belém, nesta quinta-feira (6).
O evento, que constava na agenda oficial como “Coquetel oferecido pelo Presidente da República e pela senhora Janja Lula da Silva aos Chefes de Delegação”, começou com quase duas horas de atraso e surpreendeu pela ausência de seus principais convidados. Nenhum chefe de Estado compareceu à recepção.
Mesmo assim, o salão estava repleto de figuras conhecidas do governo e do Partido dos Trabalhadores. A ex-presidente Dilma Rousseff, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, estiveram entre os presentes. O ambiente, segundo relatos, era de comemoração pelos mais de US$ 5 bilhões anunciados para o Fundo das Florestas Tropicais para Sempre.
O cardápio, assinado pelo chef paraense Saulo Jennings, destacou pratos típicos da região amazônica — o filhote foi o mais requisitado — e uma ilha de drinks com diversas opções preparadas na hora. Lula e Janja permaneceram no local por cerca de meia hora. A primeira-dama chegou a dançar alguns passos de lambada, enquanto o presidente era abordado por Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS).
António Guterres, secretário-geral da ONU, também participou do evento e conversou de forma descontraída em português com os brasileiros. De acordo com informações apuradas pela Band, os chefes de Estado ausentes alegaram cansaço após a intensa programação da cúpula.
