
Villavicencio (COL) – O corpo do piloto colombiano Luis Adriano Sanabria foi localizado e identificado pelo Instituto de Medicina Legal da Colômbia, encerrando um drama que se estendia desde 25 de maio, quando o atleta desapareceu durante um voo de parapente. A confirmação da morte foi feita nesta segunda-feira (5) por sua esposa, Angie Mayerly Moreno Bohórquez.
Luis decolou do Alto de Buenavista por volta das 14h30 daquele dia. Segundo testemunhas, o piloto foi engolido por uma nuvem densa e arrastado por uma corrente de ar intensa, sumindo rapidamente de vista. As condições climáticas instáveis foram registradas em vídeo momentos antes do desaparecimento.
A operação de busca mobilizou mais de 100 pessoas, entre agentes da Defesa Civil, Cruz Vermelha, Corpo de Bombeiros, moradores, amigos parapentistas e até um helicóptero Black Hawk da Força Aeroespacial Colombiana (FAC). As buscas se estenderam por regiões de mata fechada em Villavicencio, Acacías, Guamal e El Dorado.
Embora estivesse com um equipamento de geolocalização, o sinal foi perdido minutos após a decolagem. A principal hipótese é de que o dispositivo tenha perdido a bateria ou sofrido danos durante o voo, dificultando o rastreamento.
Sanabria era considerado um dos pilotos mais experientes da Colômbia, com mais de 17 anos dedicados ao voo livre. De acordo com colegas do Club Gualas, era conhecido pela cautela e pela sensibilidade em ler as condições do clima. “Era um piloto seguro, que respeitava os limites do esporte e da natureza”, disse Alejandro Leyva, integrante do clube.
Além da paixão pelo parapente, Luis Adriano era pai de três filhos e vivia há cinco anos com a esposa, Angie, com quem teve uma filha de três anos. Ele também era sobrinho do atual prefeito de Villavicencio, Alexander Baquero Sanabria, que acompanhou de perto as operações de resgate.
“Luis era um homem de coração generoso, um pai amoroso e um parceiro dedicado. Sua ausência deixa um vazio irreparável”, declarou Angie em comunicado.
O caso acende o alerta sobre os riscos cada vez mais frequentes em esportes de aventura diante das mudanças climáticas e da instabilidade atmosférica. Mesmo entre atletas experientes, as forças da natureza seguem sendo um desafio imprevisível — e, por vezes, fatal.