Uma publicação do médico indiano Shraddhey Katiyar, especialista em medicina interna e nutrição clínica, reacendeu o debate sobre sinais físicos pouco observados na rotina clínica: a relação entre a presença de pelos nos dedos dos pés e possíveis alterações na circulação sanguínea e no metabolismo da insulina.
O relatório foi divulgado no perfil oficial do médico na plataforma X/Twitter, onde ele costuma abordar temas ligados à saúde metabólica. No post, Katiyar explica que mudanças no crescimento capilar das extremidades podem refletir o estado dos vasos sanguíneos, especialmente quando há perda desses fios.
Ele sustenta que os folículos capilares dependem de irrigação constante para funcionar. Quando o fluxo sanguíneo está preservado, os pelos tendem a se manter. Porém, alterações vasculares progressivas — muitas vezes associadas à resistência crônica à insulina — podem comprometer essa circulação e levar ao afinamento ou desaparecimento dos pelos nos dedos dos pés.
A explicação segue uma linha reconhecida em áreas como angiologia e endocrinologia, que associam resistência à insulina e diabetes de longa duração ao enrijecimento arterial, microdanos nos vasos e redução da irrigação periférica. Embora não sirva como diagnóstico isolado, a perda capilar periférica é considerada um indicador indireto observado em casos de doença arterial periférica e alterações metabólicas.
O médico destaca que o sinal deve ser analisado junto a outros sintomas, como sensação de pés frios, formigamentos, dormência, cãibras ao caminhar e feridas de cicatrização lenta. Segundo Katiyar, a combinação desses fatores costuma motivar a solicitação de exames laboratoriais e vasculares, como glicemia, hemoglobina glicada, marcadores de insulina e doppler arterial.
