Ao completar cinco anos de funcionamento, o Pix segue ampliando sua liderança no sistema financeiro brasileiro e comemorando mais um ciclo como o meio de pagamento preferido da população. Lançado em 16 de novembro de 2020, no governo Jair Bolsonaro, o sistema de transferências instantâneas transformou a rotina econômica do país e tornou-se referência em velocidade, custo e acessibilidade.
Nos seis primeiros meses de 2025, o Pix movimentou mais de R$ 15,8 trilhões, superando sozinho volume somado de boletos, convênios, cheques e cartões de todas as modalidades. O avanço confirma uma trajetória meteórica: em 2021, primeiro ano completo da ferramenta, foram registradas 9,4 bilhões de operações; em 2024, o número saltou para mais de 63 bilhões. Apenas no primeiro trimestre de 2025, o sistema contabilizou quase 40 milhões de transações.
Embora tenha ganhado forma e sido implementado durante a gestão de Roberto Campos Neto no Banco Central, a concepção do Pix começou antes, ainda sob Ilan Goldfajn, presidente da instituição entre 2016 e 2019. Foi nesse período que o projeto entrou para a Agenda BC+, que tinha como objetivo modernizar o sistema financeiro e ampliar a competição, reduzindo custos ao consumidor final.
Desde sua criação, o Pix já movimentou mais de R$ 60 trilhões, de acordo com dados oficiais número que pode ser ainda maior, já que o BC divulga apenas os registros mais recentes, entre novembro de 2023 e outubro de 2025.
A comparação com outros meios de pagamento reforça o domínio absoluto. O cartão de crédito, segundo colocado no ranking nacional, registrou 10,6 milhões de transações no primeiro semestre de 2025, diferença de 250% em relação ao Pix. No mesmo período, cartões de débito somaram 8 milhões de operações, enquanto os pré-pagos ficaram em 6,3 milhões. No segundo trimestre deste ano, o Pix passou a responder por 51,2% de todas as transações financeiras do país, seguido pelo crédito (14,2%) e pelo débito (10,6%).
Apesar da liderança em número de operações, o Pix não ocupa o topo quando o critério é volume financeiro individual. A TED ainda concentra maior montante por modalidade, com R$ 11,4 trilhões somente entre janeiro e março de 2025, frente aos R$ 8,4 trilhões movimentados pelo Pix no mesmo período.
Por que o Pix se tornou indispensável
Além da gratuidade para pessoas físicas, o serviço opera 24 horas por dia, inclusive fins de semana e feriados, com liquidação imediata — vantagem que o diferencia de métodos dependentes do expediente bancário. As chaves simplificam o processo de pagamento, dispensando dados completos como número da conta e agência.
Nos últimos anos, o sistema ganhou novas funcionalidades, como Pix parcelado, Pix automático, uso ampliado de QR Codes e pagamentos integrados ao comércio eletrônico, fortalecendo sua competitividade frente aos cartões tradicionais.
