O Hospital de Câncer de Mato Grosso (HCanMT) apresentou um balanço expressivo sobre sua produção assistencial entre setembro de 2024 e setembro de 2025. Ao longo de 12 meses, foram registrados 246.897 atendimentos, abrangendo consultas, exames, internações, campanhas de prevenção e procedimentos de alta complexidade.
No período analisado, o hospital contabilizou 127 mil consultas em diversas especialidades, 27 mil exames, 9.953 atendimentos no pronto-atendimento, além de 32 mil sessões de radioterapia e 33 mil sessões de quimioterapia. As internações chegaram a quase 7 mil, enquanto 5.632 cirurgias foram realizadas — uma média mensal de 600 a 700 procedimentos cirúrgicos.
As campanhas de prevenção, realizadas em mais de 60 municípios, somaram 21 mil pacientes atendidos e ultrapassaram 100 mil atendimentos, considerando que muitos pacientes passam por múltiplas especialidades em um único dia. Em cada cidade, o HCanMT chega a atender cerca de 500 pessoas, oferecendo exames como mamografia, PSA, CCO, avaliações de pele, consultas de bucomaxilo e demais triagens oncológicas.
O custo mensal para manter o hospital em funcionamento varia entre R$ 10 milhões e R$ 11 milhões. O contrato atual com o Estado é de R$ 7,831 milhões, porém o valor efetivamente recebido tem sido menor: a média mensal de repasses é de R$ 5,3 milhões, havendo meses em que o hospital recebeu pouco mais de R$ 3 milhões. O Fundo Estadual de Fomento (FEF) acrescenta R$ 675 mil mensais, enquanto doações — em grande parte provenientes de leilões beneficentes — representam cerca de R$ 800 mil ao mês, geralmente pagos em parcelas de longo prazo.

A estrutura atual conta com 700 empregados celetistas, cerca de 200 médicos e mais de 750 prestadores terceirizados, somando mais de 1.600 profissionais envolvidos diariamente na assistência. Apesar do volume, o déficit anual gira em torno de R$ 12 milhões.
Na área cirúrgica, o hospital registrou destaque em cirurgias de reconstrução mamária, com 26 procedimentos realizados entre janeiro e junho de 2025. Embora o SUS cubra R$ 770 por prótese, o custo real fica em torno de R$ 4.200, e a diferença é complementada com recursos próprios e parcerias.
O HCanMT também investe em melhorias estruturais. Entre os projetos em andamento estão um novo acelerador linear de radioterapia, novos leitos adultos e pediátricos, além de um novo pronto-atendimento. A unidade já funciona em três turnos para atender a demanda crescente.
Com produção recorde, expansão constante e forte adesão da população nas ações externas, o Hospital de Câncer de Mato Grosso reforça seu papel como um dos principais polos de diagnóstico e tratamento oncológico da região Centro-Oeste.

