
Após oito meses recluso na Penitenciária Central do Estado, o lobista Anderson Oliveira deixou a unidade prisional nesta sexta-feira (18), por decisão do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF). O novo destino é sua residência em Primavera do Leste, onde passará a cumprir prisão domiciliar sob alegações de grave comprometimento de saúde.
As imagens captadas com exclusividade por nossa reportagem revelam um Anderson irreconhecível: notoriamente mais magro, com semblante abatido e aparência frágil. A condição física reforça o argumento central de sua defesa, que sustentou, com base em laudos médicos, o agravamento significativo de seu estado de saúde durante a detenção.
Preso preventivamente em 26 de novembro de 2024 no bojo da Operação Sisamnes, Anderson é apontado como um dos principais articuladores de um esquema milionário de venda de sentenças judiciais. A investigação conduzida pelas autoridades federais desvendou uma teia de influência que envolveria advogados, empresários, lobistas, servidores públicos e até magistrados. Conforme apurado, Anderson teria intermediado decisões judiciais mediante pagamentos que ultrapassariam os R$ 100 mil.
O caso segue sob os holofotes da Justiça brasileira e promete desdobramentos nos bastidores do Judiciário e do mundo político. Ainda sob monitoramento, Anderson deverá permanecer em prisão domiciliar, sendo vedado qualquer contato com outros investigados, salvo autorização judicial expressa.