O delegado Bernardo Leal, adjunto da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil do Rio de Janeiro, está em estado gravíssimo após ser baleado na coxa durante a megaoperação policial realizada nesta terça-feira (28) no Complexo da Penha, zona norte da capital.
Segundo informações da Polícia Civil, o disparo atingiu a veia femoral, provocando uma hemorragia intensa. O delegado foi socorrido por colegas ainda sob fogo cruzado e levado com urgência ao Hospital Getúlio Vargas, também na Penha, onde passou por cirurgia de emergência.
Imagens gravadas no local mostram o momento dramático em que Leal é carregado até uma viatura, enquanto policiais tentam estancar o sangramento. O clima era de desespero e tensão, com agentes e criminosos trocando tiros em meio às ruas estreitas da comunidade.
A operação — uma das maiores e mais letais da história recente do Rio — mobilizou cerca de 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar, além de forças especiais. O objetivo era conter o avanço territorial do Comando Vermelho (CV) nas comunidades da Penha e do Alemão.
Até o momento, o balanço oficial aponta 64 mortos e 81 presos, incluindo 20 suspeitos ligados ao tráfico e dois policiais civis. Mesmo com o cerco intenso, parte dos criminosos teria escapado por rotas alternativas, em uma fuga organizada que lembrou a operação de 2010, marcada pela ocupação do Complexo do Alemão.
Enquanto as forças de segurança mantêm as ações nas comunidades, familiares e colegas de Bernardo Leal permanecem em vigília no hospital, em meio à expectativa de sua recuperação.
