
O deputado federal José Medeiros (PL) participou nesta quinta-feira (18) do 1º Congresso Internacional de Segurança de Fronteiras das Assembleias Legislativas (Cisfal), realizado pela Comissão de Segurança Pública e Comunitária da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).
Representando a Frente Parlamentar da Segurança Pública, Medeiros criticou os cortes promovidos pelo Governo Federal no setor. Segundo ele, o governo Lula retirou mais de meio bilhão de reais da segurança pública, reduzindo em 50% o orçamento da área.
“Por conta da má gestão do dinheiro do povo, reduziram o orçamento para fechar a conta. Com isso, as operações nas fronteiras ficam drasticamente comprometidas. A segurança pública não é prioridade para o Governo Federal”, afirmou.
O parlamentar destacou que o Brasil compartilha fronteira com 11 países e se tornou um corredor do tráfico internacional de drogas, sendo ao mesmo tempo exportador e consumidor.
“Da mesma forma que as organizações criminosas estão extremamente organizadas, é importante que o Estado, os entes federativos e os órgãos de segurança atuem de forma coordenada. Estamos diante de um inimigo que movimenta bilhões e tem estrutura financeira para adquirir jatos e equipamentos de última geração, enquanto nossas forças ainda sofrem com falta de efetivo e de instrumentos básicos, como scanners”, alertou Medeiros.
Ele reforçou que investir na segurança de fronteira é a maneira mais eficiente de combater o tráfico de drogas no Brasil.
“Uma tonelada de cocaína pode ser apreendida com mais facilidade na fronteira pela Polícia Federal ou pelo Gefron. Mas quando essa droga chega aos grandes centros e é fracionada, torna-se praticamente impossível interceptar. Quanto mais recursos forem aplicados nas fronteiras, menos drogas circularão pelo país”, defendeu.
Medeiros também ressaltou a importância da Carta de Intenções que será produzida ao final do congresso e enviada a Brasília.
“Esse documento será primordial para subsidiar políticas públicas e novas legislações, pois reflete o puro sumo da experiência policial. Tivemos aqui coronéis e comandantes de várias forças de segurança que atuam diretamente nas fronteiras. São eles que conhecem a realidade e podem indicar o caminho a ser seguido pelo Congresso Nacional”, concluiu.
O 1º Cisfal reuniu representantes da Polícia Militar, Gefron-MT, Ministério da Justiça, além de autoridades do Paraguai, Rondônia, Mato Grosso do Sul e do Departamento de Operações de Fronteira (DOF).
