
A fala polêmica ocorreu na terça-feira (9), quando Gilvan defendia um projeto de sua relatoria que propõe o desarmamento da guarda presidencial.
O deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES) recuou e pediu desculpas nesta quarta-feira (10) após declarar, durante uma sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara, que desejava a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A fala polêmica ocorreu na terça-feira (9), quando Gilvan defendia um projeto de sua relatoria que propõe o desarmamento da guarda presidencial. Na ocasião, ele afirmou: “Por mim, eu quero mais é que o Lula morra. Eu quero que ele vá para o quinto dos infernos. É um direito meu. Nem o diabo quer o Lula. É por isso que ele está vivendo aí. Superou o câncer. Tomara que tenha uma taquicardia.”
A repercussão foi imediata. A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu que a Polícia Federal (PF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) investiguem se as declarações estão cobertas pela imunidade parlamentar ou se configuram crime.
Diante da pressão, Gilvan voltou atrás:
“Aprendi com meu pai que um homem deve reconhecer seus erros. Um cristão não deve desejar a morte de ninguém. Então, eu não desejo a morte de qualquer pessoa”, disse no plenário da Câmara.
Apesar disso, reforçou críticas ao presidente: “Continuo entendendo que Luiz Inácio Lula da Silva deveria estar preso e pagar por tudo que ele fez de mal ao nosso país. Mas reconheço que exagerei. Peço desculpas.”
O projeto defendido pelo parlamentar teve 15 votos favoráveis, 8 contrários e uma abstenção, e seguirá agora para a Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara.
Parlamentares governistas reagiram com indignação. Kiko Celeguim (PT-SP) e o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), pediram providências à PGR, alegando que Gilvan ultrapassou os limites da imunidade parlamentar e incitou a violência contra o presidente da República.