
Uma briga entre dois advogados terminou em agressão física na tarde desta quinta-feira (10), em Fortaleza, e foi registrada em vídeo por testemunhas. As imagens mostram o momento em que um dos homens desfere um tapa no rosto do outro, que cai no chão diante da sede da Caixa de Assistência dos Advogados do Ceará (CAACE), órgão vinculado à OAB-CE.
A confusão aconteceu na frente da entidade e foi presenciada por outras pessoas, que tentaram intervir. Nas imagens, é possível ver que os dois discutem acaloradamente até que o advogado Osmar Lucena Neto agride o colega Frederico Ricardo Perez Silveira. Logo após, outros homens apartam a briga.
Frederico relatou que sequer conhecia o agressor e que a confusão teve início após ele dar um simples “boa tarde” ao advogado que deixava o local. “Eu falo isso para todas as pessoas, por educação, por civilidade. Ele se virou, retornou e começou a me agredir verbalmente, me chamando de vagabundo, de filho da ****. Disse que eu tinha ‘atravessado’ o processo dele e que ia me matar de porrada”, contou.
O advogado afirma ainda que, após o episódio, verificou todos os seus processos e confirmou que nenhum deles envolve Osmar Lucena como parte adversária. “Nunca vi esse cidadão na vida”, completou.
Já Osmar Lucena Neto, por sua vez, afirmou que a discussão teria se iniciado por conta de um processo que ele teria perdido e que gerou um prejuízo de R$ 650 mil na Justiça Federal. “Essa situação foi para dizer: ‘saia de perto dos meus processos, porque o que vocês me roubaram, vocês vão me pagar’”, afirmou.
Posicionamento da OAB-CE
Por meio de nota, a OAB do Ceará confirmou que teve conhecimento da briga e informou que abriu um procedimento interno para apurar a conduta ética-disciplinar dos envolvidos. A entidade destacou que tomará “todas as providências cabíveis” diante da gravidade dos fatos.
Segundo a OAB-CE, os trâmites do processo seguem em sigilo, conforme previsto no Estatuto da Advocacia. “O andamento dos processos disciplinares no Tribunal de Ética e Disciplina (TED) é sigiloso, só tendo acesso às suas informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competente”, destacou a nota.
O caso continua repercutindo entre advogados e entidades jurídicas do estado, e poderá resultar em sanções éticas e legais para os envolvidos.
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