
FOTO ILUSTRATIVA
A Polícia Civil de Mato Grosso investiga um caso de fraude milionária em uma empresa privada localizada em Acorizal (a 62 km de Cuiabá), que teve um rombo de R$ 3 milhões provocado por ex-funcionárias do setor de Recursos Humanos (RH).
As investigações apontam que as suspeitas manipulavam informações da folha de pagamento enviada a uma empresa terceirizada, adicionando horas extras e benefícios inexistentes aos salários de funcionários ligados diretamente a elas — incluindo familiares, ex-companheiros e amigas.
O golpe foi realizado de forma sistemática ao longo dos meses, e os valores excedentes eram direcionados aos próprios envolvidos, que sacavam os repasses fraudulentos sem levantar suspeitas imediatas.
📂 Esquema beneficiava círculo pessoal
Entre os beneficiados pelo esquema estão:
- Ex-namorado da analista de RH, que recebeu R$ 657.842,88;
- Prima da assistente de RH, com R$ 51.013,23;
- Duas estagiárias amigas das mentoras, que embolsaram juntas mais de R$ 22 mil.
Ao todo, oito pessoas foram diretamente favorecidas pela fraude, seis delas sem vínculo direto com a empresa, mas que foram inseridas na folha como prestadores de serviço ou funcionários temporários — tudo para disfarçar os desvios.
A empresa afetada descobriu a irregularidade após auditoria interna identificar inconsistências nos repasses. O caso está sendo apurado pela Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), e os envolvidos devem responder por estelionato, associação criminosa e falsidade ideológica.
A polícia continua as diligências para rastrear os valores desviados e analisar a possível participação de integrantes da empresa terceirizada.