
O escritor e jornalista Eduardo Bueno, conhecido por sua atuação como divulgador da história do Brasil, precisou recuar após a repercussão negativa de comentários irônicos sobre a morte do ativista conservador norte-americano Charlie Kirk. Em nota, Bueno afirmou que suas declarações foram mal interpretadas e disse acreditar que a polêmica serviu como uma “cortina de fumaça” para desviar a atenção de temas mais relevantes no cenário político atual.
Embora frequentemente chamado de historiador, Bueno não possui formação acadêmica na área. Ele é jornalista, e essa condição já gerou debates entre historiadores, que questionam a profundidade e o rigor de algumas de suas obras. Por outro lado, Bueno defende a importância da divulgação histórica acessível, sustentando que existe espaço tanto para o trabalho acadêmico quanto para narrativas que aproximam o público do passado.
Autor de best-sellers sobre a história do Brasil, Bueno também transitou por outras áreas. Escreveu livros institucionais, como os que retratam a trajetória da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e da Caixa Econômica Federal, além de obras dedicadas a sua paixão pelo Grêmio e uma biografia autorizada da banda Mamonas Assassinas.
Sua versatilidade também alcançou o audiovisual. Em Porto Alegre, apresentou programas jornalísticos e culturais na TV Educativa. Em 2007, ganhou projeção nacional com o quadro É Muita História, no Fantástico (TV Globo), no qual encarnava personagens históricos para narrar episódios de forma irreverente e acessível.
O episódio mais recente, entretanto, reforça os riscos de quando a linha entre humor, crítica e polêmica se torna tênue — especialmente em tempos de forte polarização política.