Polícia Civil deflagrou nesta quinta-feira (5) a megaoperação Ditadura Faccional CPX, que mirou dez integrantes de uma facção criminosa envolvidos no sequestro, tortura, homicídio e ocultação do cadáver de José Wallafe dos Santos, crimes registrados em agosto. Durante o cumprimento dos mandados, um dos alvos, identificado como Bruno César Amorim Santos, conhecido como Vasco ou Véio, de 38 anos, foi morto após reagir à prisão.
A operação foi desencadeada em Várzea Grande, Cuiabá e Jaciara, com ordens judiciais expedidas pela 1ª Vara Criminal de Várzea Grande. Além das prisões, os policiais também cumprem 11 mandados de busca e apreensão.
Segundo a Polícia Civil, três investigados seguem foragidos: Guilherme da Silva, o Formiga, de 20 anos; Fábio Luciano Ribeiro da Cruz, o MN Boy, de 23; e Michelly Gomes de Sousa, de 22. Outros seis foram presos: Katiane da Silva Flôr Lara, de 32 anos; Samuel Galheiro dos Santos, o SG; Diego da Silva Rodrigues, de 33; Akillis Jr. Brandão Evangelista, de 26; Joel Aparecido da Silva, o Pé Fofo, de 34; e Robert Assis de Oliveira, de 31.
O crime contra Wallafe ocorreu em 8 de agosto, quando ele, a esposa e o filho de 2 anos foram sequestrados por integrantes da facção em meio a uma disputa territorial. A mulher e a criança foram resgatadas com vida. Em 20 de agosto, o corpo de Wallafe foi encontrado em uma cova rasa, apresentando sinais de violência e ferimentos provocados por arma branca. O caso foi investigado pelo delegado Nilson Farias, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Outro caso
Paralelamente, o delegado Rogério Gomes, também da DHPP, identificou a participação de um casal ligado ao mesmo bando em um homicídio ocorrido em 19 de março, em Cuiabá. A vítima, Edinaldo Honorato Lopes, de 36 anos, foi encontrada morta dentro da própria residência, com lesões de arma branca.
Vizinhos relataram ter visto um casal entrando no imóvel antes do crime. As investigações apontaram que a vítima mantinha contato frequente com a mulher investigada, com quem tentava estabelecer uma relação afetiva. O envolvimento gerou conflitos e ciúmes por parte do companheiro dela. Testemunhos indicam mensagens insistentes, discussões e ameaças nos dias que antecederam o assassinato. A motivação provável é de natureza passional.
