A Prefeitura de Cuiabá interditou uma empresa de produtos eletrônicos na capital, suspeita de ser usada para lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. A ação ocorreu na quarta-feira (16), durante a Operação Heresia, deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso por meio da Delegacia de Alta Floresta, com apoio do Núcleo de Inteligência da Delegacia Regional.
Segundo as investigações, a empresa, localizada em Cuiabá, fazia parte de um esquema criminoso que atuava também nos municípios de Carlinda, Sinop e Alta Floresta. O local, que foi lacrado pela Secretaria Municipal de Ordem Pública, operava com dois andares repletos de mercadorias, mas sem qualquer controle contábil ou emissão de notas fiscais.
Durante a operação, a polícia apreendeu veículos, objetos de valor e determinou o sequestro de bens. Além disso, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, um de prisão preventiva, 11 intimações para monitoramento eletrônico e quatro ordens judiciais de bloqueio de contas, com congelamento de até R$ 2 milhões por alvo principal.
A secretária municipal de Ordem Pública, Juliana Palhares, afirmou que a Prefeitura está empenhada em colaborar com as forças de segurança no combate ao crime organizado. “Estamos comprometidos em apoiar as forças de segurança e o sistema de justiça criminal nesse trabalho fundamental”, destacou.
Em outra ação conjunta realizada em junho, a Prefeitura e a Polícia Civil também interditaram um laboratório que analisava amostras de água potável coletadas em Estações de Tratamento de Água (ETAs) de Cuiabá. O local funcionava de forma irregular e sem alvarás obrigatórios. A operação levou à instauração de um procedimento investigatório por crimes contra a fé pública.
A Operação Heresia continua em andamento e mira desarticular todas as frentes do esquema criminoso.
