
O empresário Jorge Carioca, que atua no centro de Cuiabá, enviou uma carta aberta ao prefeito Abílio Brunini criticando a decisão da Prefeitura de restringir o horário de funcionamento de bares e casas noturnas na capital. Embora tenha elogiado a atuação da gestão municipal na revitalização da região do Porto, ele classificou a limitação de horários como uma medida impopular que prejudica o setor cultural e de lazer da cidade.
Em sua carta, Jorge destacou que a atual administração acertou ao implementar ações sociais no bairro do Porto, onde anteriormente, segundo ele, havia uma grande presença de “drogados, prostitutas e bêbados” frequentando a região. “Gastou-se muito com a revitalização do bairro, mas esqueceram de fazer uma faxina no local. O que adianta uma cidade ter um ponto turístico se a população fica com medo de frequentar essa área?”, questionou o empresário, enfatizando que obras estruturais precisam ser acompanhadas de políticas sociais eficazes.
Apesar desse reconhecimento, o empresário demonstrou indignação com a restrição do funcionamento de bares e casas de show. No último sábado (15), ele presenciou uma ação da fiscalização municipal no Winchester Pub, localizado próximo à Praça da Mandioca, onde um evento foi encerrado às 23h30 por determinação de fiscais e policiais.
“Não sei qual vai ser a vossa postura em relação ao fortalecimento da Cultura e do Lazer na cidade de Cuiabá, mas com certeza não é exigindo que as casas e bares noturnos desliguem o som aos sábados às 23 horas que o senhor terá êxito”, afirmou Jorge.
Ele defende que estabelecimentos tradicionais da cidade, como os bares da Praça da Mandioca, Praça Popular, Avenida das Torres, Verdão e Jardim Universitário, tenham horários mais flexíveis. Para ele, seria razoável que o funcionamento fosse estendido até 1h da manhã aos sábados e até meia-noite às sextas-feiras.
“A população que precisa de música pra se divertir e os inúmeros músicos que dependem desse extra pra ajudar no financeiro das suas respectivas famílias agradecem”, pontuou o empresário, ressaltando que a cultura local é diretamente afetada pela decisão da Prefeitura.
Jorge também criticou o argumento de que o barulho incomoda moradores. “Esses bares funcionam há décadas nesses bairros, e quem quer silêncio com certeza procura outro bairro pra morar”, declarou.
Por fim, ele lamentou que Cuiabá esteja adotando medidas que, segundo ele, afastam a cidade do perfil de uma capital cosmopolita. “Se vem um amigo meu de São Paulo ou do Rio de Janeiro pra tomar um chopp, bater um papo e escutar uma música bacana, eu vou levar pra onde em Cuiabá?”, questionou.
Veja a carta
CARTA ABERTA AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR PREFEITO ABÍLIO JACQUES BRUNINI MOUMER
Eminente Administrador Municipal, venho por meio destas linhas passar para o vosso conhecimento um fato que talvez o senhor desconheça e que por desconhecer com certeza acarretará desgastes desnecessários na boa conduta da administração da cidade de Cuiabá onde milhões de eleitores depositaram total confiança na vossa eleição.
Mas antes de apresentar esse fato quero iniciar essa carta parabenizando a atitude da Prefeitura em relação a região do bairro do Porto onde existiam bares frequentados por prostitutas, drogados e bêbados. Nas gestões anteriores foram gastos milhares de milhões de reais com o propósito de “Revitalizar” a região do Porto com a construção do Aquário Municipal, Vila Cuiabana, Museu do Rio, Mercado do Porto, Ciclovia, Calcadão, Mirante e Bares Estruturados.
Entretanto, gastou-se muito com a revitalização do bairro mas esqueceram de fazer uma faxina no local. O que adianta uma cidade ter um ponto turístico se a população fica com medo de frequentar essa área em virtude da quantidade de drogados, prostitutas e bêbados que frequentam os bares próximos?
Ou seja, revitalização urbana sem a devida ação social não funciona.
Ponto positivo para a atual Gestão Municipal.
O fato que me fez escrever essas linhas aconteceu no sábado passado (15/03). Eu estava com a minha companheira assistindo um show no WINCHESTER PUB que fica localizado próximo à folclórica Praça da Mandioca quando às 23:30 chegaram 3 fiscais municipais e uma viatura policial com o objetivo de finalizar o evento. A sorte do estabelecimento é que a aparelhagem de som da banda já estava desligado senão o prejuízo da casa seria muito maior.
Senhor Prefeito, não sei qual vai ser a vossa postura em relação ao fortalecimento da Cultura e do Lazer na cidade de Cuiabá mas com certeza não é exigindo que as casas e bares noturnos desliguem o som aos sábados às 23 horas que o senhor terá êxito. Cuiabá é a capital do estado de Mato Grosso e por isso tem a OBRIGAÇÃO de possuir uma postura de cidade cosmopolita e não a postura de uma cidade do interior. Os locais que já são tradicionalmente pontos de encontro na nossa cidade como a tradicional Praça da Mandioca e o seu entorno, a Praça Popular, os bares da Avenida das Torres, do Verdão, do Jardim Universitário e outros bares tradicionais deveriam ter o seu horário estendido aos sábados para 1 hora da manhã e as sextas para a meia noite.
A população que precisa de música pra se divertir e os inúmeros músicos que dependem desse extra pra ajudar no financeiro das suas respectivas famílias agradecem.
Se vem um amigo meu de São Paulo ou do Rio de Janeiro pra tomar um chopp, bater um papo e escutar uma música bacana eu vou levar pra onde em Cuiabá?
É constrangedor a gente perceber que Cuiabá está virando uma cidade do interior com essa medida impopular da Prefeitura, que inibe a diversão de uma população que paga altos impostos e que mora numa cidade que proporciona pouquíssimo lazer aos seus habitantes.
E não venha me dizer que os vizinhos se sentem incomodados com o barulho porque esses bares funcionam a décadas nesses bairros e quem quer silêncio com certeza procura outro bairro pra morar.
Ponto negativo para a atual Gestão Municipal.
Porra faxina no local foi foda hein filho tem q melhora essas palavras ai…