
Na última quinta-feira (28), a Polícia Federal prendeu o empresário Rafael Renard Gineste em Bombinhas, no litoral de Santa Catarina, após ele tentar fugir em uma lancha de luxo durante a deflagração da “Operação Tank”. A ação tinha como objetivo desarticular uma organização criminosa ligada ao PCC, suspeita de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou cerca de R$ 1 bilhão e adulteração de combustíveis.
Gineste, sócio-administrador da F2 Holding Investimentos, foi localizado a cerca de 250 km de sua residência em Curitiba. No momento da prisão, ele tentava descartar um celular no mar. As investigações indicam que ele atuava como um dos principais operadores financeiros do grupo, usando empresas de fachada e holdings para dar aparência de legalidade a recursos ilícitos. O esquema envolvia depósitos em espécie em postos de combustíveis e fundos de investimento, com destaque para 46 postos na capital paranaense.
Além de Gineste, a operação resultou na prisão de outros envolvidos, incluindo João Chaves Melchior, ex-policial civil; Ítalo Belon Neto, empresário do setor de combustíveis; Rafael Bronzatti Belon, dono da Tycoon Technology e do Zeit Bank; e Thiago Augusto de Carvalho Ramos, empresário de Curitiba. No entanto, oito alvos de alta relevância conseguiram fugir, entre eles Mohamad Hussein Mourad, conhecido como “Primo”, apontado como líder do esquema, e Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”, considerado co-líder da organização. Ambos passaram a ser procurados internacionalmente.
A Polícia Federal também investiga um possível vazamento da operação, após constatar que algumas residências alvo estavam sem computadores e veículos de luxo que seriam apreendidos haviam desaparecido.