
A Polícia Civil prendeu, na segunda-feira (29), um empresário de 34 anos que estava com mandado de prisão em aberto pela Operação Conductor, investigação que mira um grupo criminoso envolvido em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro nas regiões de fronteira de Mato Grosso e na área metropolitana de Cuiabá.
O mandado foi cumprido por equipes das Delegacias Especializadas de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), após investigação da Delegacia de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron) e da Draco de Cáceres. O empresário estava foragido desde 2 de setembro, data da deflagração da operação.
Segundo as investigações, ele enviou R$ 159,5 mil para o líder do grupo criminoso e sua esposa, recebeu drogas enviadas pela irmã do líder em sua distribuidora em Cuiabá e apresentou movimentações bancárias entre 2022 e 2024 incompatíveis com suas declarações de imposto de renda.
O suspeito foi abordado em frente a uma residência no bairro Coxipó da Ponte, em Cuiabá, pouco depois de entrar em um carro. Em seguida, os policiais cumpriram mandado de busca e apreensão em sua atual residência, no bairro Residencial Nova Canaã. Ele foi encaminhado à GCCO, onde prestará depoimento e permanecerá à disposição da Justiça.
Operação Conductor
A Operação Conductor foi deflagrada em 2 de setembro e revelou um esquema criminoso que movimentou cerca de R$ 100 milhões com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. O grupo, que envolve pelo menos 31 pessoas físicas e oito jurídicas, tinha como líder um morador de Várzea Grande, responsável pelo transporte, armazenamento, negociação e distribuição da droga na região metropolitana de Cuiabá.
“Durante aproximadamente quatro meses, o grupo recebeu mais de duas toneladas de drogas, além de armas e munições, com um carregamento por semana. O valor estimado da droga recebida nesse período é de R$ 45 milhões, quantia bloqueada ou sequestrada dos investigados”, explicou a delegada Bruna Laet, responsável pelo caso.
Os entorpecentes eram destinados tanto ao consumo local quanto ao envio para outros estados, e a movimentação financeira do grupo com a comercialização da droga alcançou R$ 100 milhões.