
Mais de um ano após o falecimento de Itamar Serpa Fernandes, fundador da Embelleze, a Polícia Civil do Rio de Janeiro revelou um complexo esquema de manipulação e desvio de dinheiro que teria sido orquestrado por sua ex-esposa, Monique Elias. As investigações apontam que Monique desviou cerca de R$ 122 milhões do patrimônio do empresário, utilizando um perfil falso na internet para influenciar suas decisões e afastá-lo de familiares e amigos.
De acordo com a reportagem exibida pelo programa Fantástico, da TV Globo, Monique Elias criou uma identidade fictícia, “Jéssica Ferrer”, para ganhar a confiança de Itamar. Por meio de e-mails, a suposta amiga virtual transmitia informações falsas que enfraqueciam os laços do empresário com seus filhos e pessoas próximas. Esse processo de manipulação teria ocorrido ao longo de uma década, agravando-se após a morte trágica de Cláudio, filho mais velho de Itamar.
A situação se tornou ainda mais crítica em 2020, quando Itamar descobriu que Monique mantinha um relacionamento com Matheus Palheiras. Apesar da separação, a influência da ex-esposa continuou por meio dos e-mails manipuladores, que o persuadiam a continuar oferecendo suporte financeiro a ela.
As investigações revelaram que Monique não agiu sozinha. Seu filho, João Carlos Tavares da Mata Serpa, e Matheus Palheiras também teriam participado do esquema. Durante a internação de Itamar para uma cirurgia em 2023, foram identificadas 21 transferências financeiras não autorizadas, somando mais de R$ 400 mil, realizadas por João. Além disso, os desvios envolviam transações imobiliárias, fraudes em apólices de seguros e alterações no testamento do empresário.
A tentativa de Monique de assumir o controle da Embelleze também veio à tona. Em maio de 2024, ela obteve uma decisão judicial para afastar Jomar Serpa, filho de Itamar, da presidência da empresa, mas não conseguiu efetivar a manobra. A defesa de Monique alega que ela é vítima de uma campanha difamatória, enquanto Jomar permanece no comando da Embelleze.
Monique Elias, João Carlos e Matheus Palheiras foram indiciados por estelionato, furto mediante fraude e associação criminosa. Eles também são investigados por lavagem de dinheiro. O caso segue sob apuração da justiça brasileira, que determinará as responsabilizações e consequências para os envolvidos. O escândalo evidencia a importância de reconhecer sinais de manipulação e extorsão, especialmente em momentos de vulnerabilidade emocional.
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