
Um estudo publicado na revista Journal of Psychosexual Health aponta que mulheres que se abstêm de sexo podem estar colocando sua saúde em risco. De acordo com pesquisadores da Universidade Walden, na Pensilvânia, mulheres entre 20 e 59 anos que fazem sexo menos de uma vez por semana apresentam um risco 70% maior de morte em cinco anos.
A pesquisa analisou amostras de sangue dessas mulheres e identificou níveis elevados de uma proteína associada à inflamação, que pode prejudicar células, tecidos e órgãos saudáveis. Em contrapartida, mulheres que mantinham uma vida sexual ativa apresentaram menores níveis dessa proteína e nenhum aumento significativo no risco de morte.
Curiosamente, o estudo revelou um efeito oposto nos homens: aqueles que tinham uma vida sexual mais ativa estavam ligeiramente mais propensos a um aumento no risco de morte precoce. Os cientistas concluíram que, para as mulheres, “a expressão sexual, medida pela frequência das relações, é um fator essencial para a saúde física e mental”.
Os pesquisadores destacaram ainda a importância da atividade sexual para a saúde cardiovascular feminina, possivelmente devido à melhora na variabilidade da frequência cardíaca e ao aumento do fluxo sanguíneo.
A análise foi baseada em dados de pesquisas nacionais dos Centros de Controle de Doenças dos EUA (CDC), envolvendo 14.542 homens e mulheres. As informações sobre atividade sexual foram comparadas a um banco de dados sobre mortalidade até o final de 2015.
Os resultados indicam que o sexo regular traz benefícios para a saúde da maioria dos adultos, mas, para as mulheres, esses efeitos são ainda mais evidentes.
Inf. O Globo