Dezenas de escrivães e investigadores da Polícia Civil de Mato Grosso realizaram um protesto na tarde desta segunda-feira, 10 de novembro, na Avenida Coronel Escolástico, em Cuiabá. A manifestação, organizada pelo Sindicato dos Investigadores (Sinpol-MT) e pelo Sindicato dos Escrivães (Sindepojuc-MT), teve como principais pautas a reestruturação dos cargos e o reajuste salarial da categoria.
Os servidores se concentraram em frente à sede administrativa da Polícia Civil, exibindo faixas e cartazes que denunciavam a desvalorização profissional e as condições precárias de trabalho.
O presidente do Sinpol-MT, Gláucio Castañon, afirmou que o movimento serve como um alerta sobre a sobrecarga de trabalho e a falta de efetivo, especialmente nas delegacias do interior do estado. Segundo ele, muitos profissionais têm ultrapassado a jornada de 40 horas semanais para atender a todas as demandas.
“Nossa principal reivindicação é a reestruturação dos cargos. Qualquer outra gratificação que o governo queira conceder é bem-vinda, mas o que buscamos é uma estrutura compatível com as demais carreiras de nível superior”, afirmou Castañon.
O sindicalista destacou ainda que há municípios com apenas três ou quatro policiais civis responsáveis por todos os atendimentos e investigações. “O policial precisa tirar plantão e, mesmo na folga, voltar para investigar. É humanamente impossível”, relatou.
Caso as negociações com o governo não avancem, a categoria ameaça iniciar a chamada “Operação Legalidade”, uma forma de paralisação parcial conhecida como greve branca.
