
Os imóveis oferecidos têm valores entre R$ 200 mil e R$ 250 mil, com possibilidade de subsídios de até 70% para famílias de baixa renda.
O governo de São Paulo, sob gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos), está implementando um plano de remoção gradual da Favela do Moinho, localizada entre as linhas férreas 7–Rubi e 8–Diamante, na região central da capital paulista. A proposta faz parte de um projeto mais amplo de requalificação urbana para a área, marcada por incêndios recorrentes e disputas fundiárias.
Até o momento, 84% das 813 famílias que vivem na ocupação já aderiram formalmente ao programa, totalizando 513 lares. Desses, 444 já têm um novo endereço definido. Em contrapartida, um grupo significativo de moradores resiste à desocupação, argumentando que há medo de remoções forçadas e que muitos aderiram sob pressão.
A regularização fundiária, reivindicada por parte dos moradores, é considerada inviável pelo governo estadual, que alega riscos estruturais e de segurança devido à proximidade com as ferrovias. Como compensação, estão sendo oferecidos R$ 800 de auxílio-aluguel e R$ 2.400 para cobrir custos com mudança. A realocação definitiva, no entanto, enfrenta limitações: apenas 100 novas unidades habitacionais estão prontas, e outras 400 estão em construção.
Os imóveis oferecidos têm valores entre R$ 200 mil e R$ 250 mil, com possibilidade de subsídios de até 70% para famílias de baixa renda.
A área pertence à Secretaria de Patrimônio da União (SPU), o que exige negociações com o governo federal para avançar com a desocupação e com o projeto de construção de um parque no local.
Lideranças comunitárias criticam o que chamam de “narrativa exagerada” sobre envolvimento da favela com o tráfico, e temem que a remoção acabe favorecendo a especulação imobiliária em detrimento dos moradores.