
Em 2009, o atleta paralímpico e apresentador Fernando Fernandes sofreu um grave acidente de carro que o deixou paraplégico. Desde então, ele aprendeu a viver em um mundo de “rodas e asas”, encontrando novas formas de superar os desafios diários. Na última terça-feira (20), Fernando surpreendeu seus seguidores ao publicar um vídeo em que aparece caminhando com o auxílio de um exoesqueleto, tecnologia que promete revolucionar a mobilidade de pessoas com deficiência motora.
Em entrevista ao site Quem, Fernando compartilhou a emoção do momento: “Não é parecido com nada que já vivi nos últimos anos. Fui muito despretensioso, achando que não ia sentir nada, e me vi fazendo os movimentos que estavam dormidos dentro de mim. Reacendi uma chama que tinha se apagado. Não me lembrava mais de como era andar.”
Ele explicou que, após aprender a “voar” com o uso de cadeira de rodas e outros equipamentos, não via mais o ato de andar como prioridade em sua vida. “Quando você não se limita às referências externas, começa a criar um mundo seu. Dentro do meu mundo, sou completamente feliz. Descobri o quão longe posso ir sem ter minhas pernas funcionais.”
Apesar do otimismo, Fernando reconhece os desafios que pessoas paraplégicas enfrentam, indo muito além da simples questão de estar em uma cadeira de rodas. “O maior problema não é estar na cadeira ou não mexer as pernas, mas os impactos fisiológicos como dores, infecção urinária e escaras. A medicina e a indústria farmacêutica querem me remediar, mas a tecnologia está buscando a cura, um exoesqueleto cada vez mais avançado.”
Com expectativa, ele afirmou o desejo de incorporar essa super tecnologia à sua rotina: “Quero um exoesqueleto que me permita andar, passear em pé, ver o mundo de outra forma. No começo, talvez seja um movimento robótico, mas acredito que a evolução buscará o movimento perfeito. Daqui a pouco, vou vestir uma calça exoesqueleto que vai conectar meu cérebro e meus membros inferiores.”
Fernando Fernandes não só inspira por sua história de superação, mas também representa a esperança de milhares de pessoas que aguardam avanços da ciência para recuperar a mobilidade e autonomia.