
A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), manifestou preocupação com os impactos que a nova tarifa imposta pelos Estados Unidos pode trazer à economia do município. A medida, anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump, entrou em vigor nesta sexta-feira (1º) e estabelece uma taxa de 50% sobre produtos brasileiros, atingindo diretamente setores como o de frigoríficos — base da arrecadação local.
“Os frigoríficos são os que mais arrecadam ICMS. Somos a segunda maior arrecadadora do Estado justamente por causa desse setor. A suspensão das exportações pode alterar muito a arrecadação do município”, lamentou a gestora.
A declaração foi feita nesta quinta-feira (31), durante visita à nova sede da Câmara Municipal de Várzea Grande. Segundo a prefeita, ainda não há um cálculo oficial sobre o impacto da medida, mas ela já determinou à equipe da Secretaria da Fazenda que inicie um levantamento urgente.
“Recebemos a notícia pela imprensa. A fazendária deve fazer o levantamento de impacto fiscal. Soltei para os auditores fiscais esse pedido. Estou muito preocupada”, afirmou.
Reflexos em obras e saúde pública
Flávia Moretti destacou que uma eventual perda de receita poderá afetar investimentos essenciais, como a implantação de uma nova Unidade Básica de Saúde (UBS). “Temos um problema sério com a UBS que está para iniciar. A gente precisa ter zelo, entender onde podemos compensar essa perda de arrecadação”, explicou.
O “tarifaço” de Trump foi justificado por ele como uma resposta a ações judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao que classificou como “censura às redes sociais” no Brasil. A decisão vem gerando reações em todo o país, especialmente em cidades com forte perfil exportador, como Várzea Grande.