O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) deflagrou na manhã desta quarta-feira (26) a Operação Fides Fracta, que mira uma organização criminosa formada por policiais militares e pessoas ligadas a eles, com atuação em Cuiabá, Várzea Grande e Goiânia, em Goiás. A força-tarefa é composta pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo.
Ao todo, estão sendo cumpridos 28 mandados de busca e apreensão domiciliar e 22 mandados de sequestro de bens. A Justiça determinou ainda o bloqueio de valores que podem chegar a R$ 1 milhão por investigado.
As investigações começaram após a Corregedoria da Polícia Militar de Mato Grosso identificar uma evolução patrimonial considerada totalmente incompatível com a renda de um ex-policial militar. A partir dessa constatação, o caso foi repassado ao Gaeco, que aprofundou a apuração e identificou outros militares e civis envolvidos no esquema.
Segundo o MPMT, o grupo utilizava a função policial para praticar crimes como agiotagem, extorsão, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro e ocultação patrimonial. As autoridades apontam que a estrutura criminosa operava de forma organizada e contínua.
Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara do Núcleo de Justiça 4.0 do Juiz de Garantias de Cuiabá, que também autorizou o bloqueio de bens para evitar o desvio de patrimônio obtido com recursos ilícitos.
A Operação Fides Fracta tem como objetivo principal reunir provas para responsabilizar criminalmente os suspeitos, interromper o fluxo financeiro do grupo e assegurar que a lei seja aplicada com rigor. Entre os delitos investigados estão organização criminosa, lavagem de dinheiro, extorsão e usura.
