
O cantor Marlon Brendo Coelho, conhecido como MC Poze, teve seu alvará de soltura cumprido por volta das 14h30 desta terça-feira (3/6). Vestido com o chamado “kit penitenciário” — bermuda, camiseta e chinelo —, o funkeiro deixou a Penitenciária Gabriel Ferreira Castilho, a Bangu 3, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, a pé.
A situação se intensificou desde as primeiras horas do dia, quando uma multidão se aglomerou em frente ao presídio aguardando ansiosamente pela saída do artista, preso por apologia ao tráfico de drogas e por supostas ligações com a facção Comando Vermelho.
O clima esquentou de vez quando três ônibus, que transportavam fãs do cantor, ficaram parados no trânsito. Na pressa e na euforia, várias pessoas subiram nos veículos, provocando uma situação de desordem. A Polícia Militar precisou intervir, usando gás de pimenta para conter o tumulto e dispersar a multidão.
A chegada do também cantor Oruam, conhecido por sua ligação com o tráfico e com os cabelos tingidos de vermelho, aumentou a agitação no local. Ele se dirigiu até onde estava Viviane Noronha, esposa de MC Poze, atraindo ainda mais atenção dos fãs, que clamavam pela libertação do funkeiro.
Quando finalmente deixou a unidade prisional, MC Poze foi recebido por familiares, amigos de profissão e seguidores. Nas redes sociais, Viviane comemorou a decisão: “Obrigada Jesus saiu a decisão, MC não é bandido”.
De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP), o alvará de soltura chegou ao e-mail da unidade às 14h16 e foi cumprido minutos depois.
Mesmo em liberdade, MC Poze deverá cumprir uma série de medidas cautelares enquanto aguarda a decisão definitiva sobre seu habeas corpus. Entre as determinações estão a obrigação de comparecimento mensal ao juízo até o dia 10 de cada mês para justificar suas atividades, proibição de deixar a Comarca, não manter contato com investigados, testemunhas ou pessoas ligadas ao Comando Vermelho, além de informar qualquer mudança de endereço, disponibilizar telefone para contato imediato e entregar o passaporte às autoridades judiciais.