
O Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal de Mato Grosso (SINTAP-MT) realizou, nesta quinta-feira (3), uma reunião com o Sindicato dos Profissionais da Área Instrumental do Governo de Mato Grosso (Sinpaig) para discutir os desdobramentos das fraudes em contratos de crédito consignado que afetam servidores públicos estaduais. A mobilização ocorre em meio a investigações do Ministério Público e da Polícia Federal, que têm como principal alvo o grupo Capital Consig e suas subsidiárias – empresas que movimentaram cerca de R$ 228 milhões desde que firmaram convênios para oferecer crédito consignados aos servidores do estado.
O encontro reuniu a presidente do SINTAP-MT, Diany Dias de Souza, a diretora financeira Maria Fernanda Casula, assessores jurídicos dos sindicatos e o presidente do Sinpaig, Antônio Wagner.
A reunião, convocada pela presidente do Sintap, integra uma mobilização que já dura mais de dois anos, desde que o Sinpaig identificou indícios de fraude. Desde então, os dois sindicatos, em conjunto com a Federação dos Servidores Públicos Estaduais (Fessp), vêm denunciando as irregularidades à Assembleia Legislativa, ao Ministério Público, ao Tribunal de Justiça, à Polícia Federal e a outras instituições. Como resultado da pressão sindical, contratos suspeitos começaram a ser revisados, revelando que muitos servidores sequer tinham acesso aos documentos assinados com as instituições bancárias.
Durante o encontro, Wagner defendeu a união entre as entidades para garantir medidas eficazes e independentes das ações tomadas pelo governo. “Nossa reunião teve como objetivo organizar um bloco de atuação conjunta. Precisamos entender as medidas que estão sendo tomadas por órgãos como a SEPLAG, CGE, TCE e Assembleia Legislativa e traçar nossas próprias estratégias. Algumas dessas ações podem servir de ‘cortina de fumaça’ para lavar operações fraudulentas. Os servidores precisam estar atentos e ouvir as orientações dos sindicatos”, alertou.
A presidente Diany reforçou o compromisso do SINTAP-MT com a legalidade e a transparência. “Nosso objetivo é garantir que o servidor pague apenas o que de fato contratou. Não se trata de não pagar, mas sim de pagar o valor justo. Estamos orientando todos os nossos filiados a não assinarem nada com bancos sem antes procurarem o sindicato. Estamos aqui para ajudar e defender nossos sindicalizados”, afirmou.
A diretora financeira do SINTAP-MT, Maria Fernanda, compartilhou sua própria experiência com um contrato abusivo de crédito consignado. Segundo ela, mesmo após seguir as orientações da SEPLAG e registrar uma reclamação no Procon, o banco tentou uma conciliação apresentando um contrato firmado com uma empresa da qual ela nunca tinha ouvido falar. Trata-se da Cartos, enviada pela Capital Consig, uma das empresas investigadas e que, na época, não possuía autorização da SEPLAG para operar com créditos consignados.
“Recusei o acordo e acionei o jurídico do sindicato, que está atuando para demonstrar judicialmente as fraudes. Não podemos aceitar esse tipo de prática”, declarou.
O SINTAP-MT faz um alerta: antes de tomar qualquer decisão sobre contratos de crédito consignado, o servidor sindicalizado deve procurar a assessoria jurídica do Sindicato. A orientação prévia é fundamental para evitar prejuízos.
Tá na hora de mostar a todas estas “FINANCEIRAS”; que elas nao passam de uma CAMBARA de SALAFRARIOS…